quinta-feira, 7 de novembro de 2013

RODELÃO6970 RADIODIFUSÃO AM UMA NOVA FASE EM FM


Para rádios pequenas, mudança pode ser questão de sobrevivência

Enquanto algumas rádios veem a migração como forma de se manter, outras ficarão na AM de olho na abrangência





Embora estejam em decadência, as rádios AM têm abrangência considerável. Tanto que, nas viagens pelo interior do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto organiza entrevistas para rádios, especialmente AM. No interior, a AM ainda mantém um público ouvinte fiel, ainda que em processo de redução, resultado de uma experiência de quase um século de transmissões.
A primeira AM a atuar no País foi a Rádio Roquette-Pinto, do Rio de Janeiro, em 1923. Nas décadas seguintes, as lendárias rádios Nacional e Tupi tiveram seus programas sintonizados em quase todo o território brasileiro, fazendo, por exemplo, que clubes do futebol carioca tivessem torcidas em todos os Estados. A chegada da TV e a migração dos artistas da radionovela para a nova mídia, nos anos 50, não aposentou a AM.
Caberá às emissoras colocar tudo na ponta do lápis - audiência, qualidade de sinal, cobertura - para decidir sobre a migração. Enquanto algumas rádios veem na medida uma forma de sobrevivência, outras, que dependem de um sinal que atinja mais municípios, ainda que em baixa qualidade, como na Amazônia, podem optar por permanecer em AM, por exemplo.
"Emissoras que têm cobertura muito grande não vão querer migrar, vão querer ficar do jeito que estão. Acredito que a medida vai ser uma redenção para empresas pequenas de alcance local, que estão perdendo qualidade, receita e audiência", afirma o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. No entanto, ele prevê que a maioria dos radiodifusores escolha fazer a mudança.
Um deles é Jorge Moisés Filho, um dos donos da Rádio Cidade de Vitória, no Maranhão. Apesar de alcançar 42 municípios com sua programação, Filho responde sem pestanejar que vai optar pela migração. "Não temos condições de continuar no AM. A audiência caiu muito, a manutenção é caríssima", afirma. "Há muitas emissoras que foram desativadas; conheço umas 15."
Com muita interferência, baixa qualidade de sinal e poucos anunciantes, a rádio, que existe desde 1991, vê no novo decreto uma solução, embora ainda não possa mensurar quais vão ser os gastos. "Não sei mesmo quanto vai custar; isso aí a gente vai ter de ver", afirmou.
Moisés Filho, no entanto, anima-se com a possibilidade de poder, finalmente, alcançar os dispositivos móveis. "Essa juventude quer interagir, participar, quer que a rádio pegue no seu celular. Eles abandonaram a rádio AM", afirma.
Para Slaviero, da Abert, esse é o meio no qual os radiodifusores devem ficar de olho: "Os números indicam que os grande receptores de rádio não serão nem os fixos, de residências, nem de automóveis, mas sim os celulares. Afinal, são 240 milhões no País".

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