quinta-feira, 22 de março de 2012

RODELÃO6970 TECNOLOGIA



SSB PARTE 2









O que se procura com o processamento de áudio em SSB? (Parte 2) 

Porque se utiliza o termo Hi Fi Audio dentro do radioamadorismo? 
Ao “pé da letra” HI FI é o processamento de áudio que equaciona as freqüências entre 20hz e 20000hz, ou seja, alta fidelidade. 
Nesta modalidade, Hi Fi Audio, trata-se fidelidade, como sendo a capacidade em receber e transmitir sinais de áudio, da forma mais plana possível, que compreendam freqüências entre 50hz e 6050hz, pois dificilmente encontraremos transceptores que operam com um range maior do que o acima do citado.  
Levando-se em conta, que em média, a voz humana é capaz de produzir sons que trazem consigo, freqüências de 5k, 6k, 7k e 8k, as quais são importantes na parte social do dia a dia, e a maior amplitude que temos para trabalhar o áudio, nos transceptores de amador, é de 6000hz, nada mais razoável do que tratarmos como Hi Fi Áudio o nosso maior range de atuação, ou seja, 6k. 
Assim convencionamos a seguinte divisão no que diz respeito à Lo Fi, Mid Fi e Hi Fi Audio.      
                           

  SSB e SSE Estendio





SSB Normal


Banda Passante

Resposta de Frequência
SSB (Esreito)
2 kHz
400 Hz até 2.4 kHz
SSB (Médio)
2.4 kHz
300 Hz até 2.7 kHz
 SSB (Amplo-1)
2.7 kHz
200 Hz até 2.9 kHz
 SSB (Amplo-2)
2.9 kHz
100 Hz até 3.0 kHz

SSB Estendido


Banda Passante

Resposta de Frequência
SSBE (Estreito-1) Lo-Fi
3 kHz
100 Hz até 3.1 kHz
SSBE (Estreito-2) Lo-Fi
3.5 kHz
80 Hz até 3.58 kHz
SSBE (Médio -1) Mid-Fi
4 kHz
50 Hz até 4.05 kHz
SSBE (Médio -2) Mid-Fi
4.5 kHz
50 Hz até 4.55 kHz
SSBE (Amplo-1) Hi-fi
5 kHz
50 Hz até 5.05 kHz
SSBE (Amplo-2) Hi-Fi
6 kHz
50 Hz até 6.05 kHz
 Reparem que há um grande número de opções a serem consideradas.
Como havíamos mencionado anteriormente, podemos processar o áudio em qualquer transceptor de amador.
A escolha do transceptor é importante, pois quanto maior for à banda passante de áudio na TX, maior será a resposta em freqüência. Futuramente veremos que o mesmo se aplica à Recepção.
Contudo o desafio é conseguir resultados diferenciados com qualquer equipamento, principalmente com aqueles menos favorecidos em largura de banda. 
É interessante lembrar que os transceptores que utilizam Digital Signal Processing, respondem de forma diferenciada às freqüências mais baixas da voz, pois praticam a modulação através do Phasing Method e não pelo tradicional Filter Methodhttp://www.doug-smith.net/hifidesign1.htm
 A tabela acima é um excelente exemplo comparativo e certamente o seu transceptor se encaixará em alguns daqueles intervalos. 
Retornando o foco à matéria do ultimo encontro, demonstraremos a seguir a estrutura de um Rack de Áudio.
Alguns equipamentos, como verão a seguir, são opcionais e dentro dos que são necessários, para o trabalho em áudio, encontraremos várias opções no que diz respeito ao custo de aquisição, modelos e versões.  
Montagem de um Rack de Áudio: 
Microfone;
Pré-amplificador de Microfone;
Mixer (opcional);
Equalizador;
Enhancer (opcional)
Compressor;
Processador de Efeito (opcional)
Circuito Atenuador (Step Down Transformer) 
Microfone (Parte 2) 
Na oportunidade anterior observamos a importância da escolha do microfone, suas formas de captação e as respectivas ligações junto ao transceptor de amador para a correta captação das freqüências da voz humana.
Falta-nos observar o ajuste dos microfones, no que diz respeito ao ataque, junto ao transceptor. 
Escolha um microfone que melhor lhe convier. Um microfone que possua uma resposta ampla e com o qual você trabalhará por um bom tempo.
Conecte-o diretamente ao transceptor utilizando uma das formas mencionadas anteriormente e ajuste o ALC para a deflexão ocasional.  
Depois de realizado o procedimento acima, não toque mais no ganho de microfone. Este será o seu parâmetro, seu ponto de partida para no decorrer do processo incluir outras etapas do processamento de áudio. 
O ajuste no ALC somente será realizado, caso seja necessário, com a inclusão de outros módulos de processamento de áudio, os quais podem ou não ter controle de ganho. 
Caso a escolha seja pela utilização de um microfone a condensador o ajuste deverá ser feito com o auxílio de um phanton power, pois necessitamos de uma tensão entre 9 a 48 volts.  
Nas ligações via conector de ACC, muito utilizado em equipamentos ICOM, o ataque e posterior ajuste, devem ser feitos com o auxílio de pré-amplificador de microfone, como veremos a seguir. 
Pré-amplificadores de Microfone. 
Para que se consiga total resposta na captação feita pelos microfones, sejam estes dinâmicos ou a condensador, necessitamos de um pré-amplificador que traduza de forma clara e com profundidade os sons que desejamos levar ao transceptor.
Uma excelente opção são os “pré valvulados” que possuem características de som vivo e brilhante, trazendo consigo o phanton power para o funcionamento dos microfones a condensador. 

                                 
Ajuste com PRÉ-MIC para microfones dinâmicos: 
1º Passo: 
O Ajuste será como o descrito no tópico Microfone (Parte 2), ou seja:
MIC -> Regulando ALC para deflexão ocasional. 
2º Passo: 
MIC DINÂMICO-> PRÉ de MIC -> Entrada e Saída do Pré em 0(zero) db -> ALC Regulado. 
Ajuste com PRÉ-MIC para microfones a condensador: 
Os passos são os mesmos descritos acima, ou seja: 
MIC CONDENSADOR-> PHANTOM POWER -> PRÉ de MIC-> Entrada e Saída do Pré em 0(zero) db -> ALC Regulado. 
Dessa forma, teremos a captação dos sons, por parte do microfone, sem apresentar sinais de áudio distorcidos, pois o nível de ALC não está sendo ultrapassado, haja vista o controle de entrada e saída do pré-amplificador de microfone estar disposto a (0) ZERO db. 
MIXER – Ferramenta Opcional. 
Uma outra opção para a pré-amplificação dos microfones é a utilização dos MIXER, (mesa de som), como forma de pré-amplificação de microfone. Esses equipamentos podem ser utilizados, com um bom grau de aceitação, para tal função, pois possuem resposta para a curva de captação dos microfones profissionais. 
Os MIXER(s) mais recentes trazem algumas características interessantes para o processamento de áudio, como por exemplo: equalizador gráfico, processador de efeito, sistema de Feedback Detection e etc. 
                                                                   
                                                                                           
É interessante lembrar que a coloração proposta pela válvula, na pré-amplificação de microfones, ainda continua sendo um grande diferencial a ser considerado. 
Por outro lado, para aqueles que preferirem condensar, em um só equipamento, o processamento de áudio, as mesas de som MIXER(s) são uma boa opção.
Como veremos mais adiante o MIXER, quando utilizado de forma correta, é uma excelente ferramenta para se realizar gravações de outras estações de amador.  
Equalizador. 
A parte mais importante de todo o processo!
A maioria dos transceptores de amador acusa resposta acentuada entre 200hz e 2600hz. Assim a freqüências abaixo de 150hz e acima de 2700hz não são enfatizadas pelos microfones normais de amador.
Nesse caso a ênfase dada às médias possui uma explicação. São elas que levam maior intelegibilidade ao discurso. 
O que fazer? 
Aproveitando esta resposta acentuada das médias, devemos equacionar estas às outras freqüências essenciais à fala. 
De que forma? 
Em um equipamento comum de amador, com banda passante de 3k, por exemplo, as freqüências médias traduzem clareza, contudo e em alguns casos torna o áudio bastante agudo.
Assim, dentro da característica de cada transceptor, devemos basicamente realizar três etapas na equalização: 
Incrementar as freqüências baixas;
Atenuar as freqüências médias;
Incrementar as freqüências altas. 
Logicamente isso não é uma receita de bolo.
Cada um de nós tem uma característica diferente na voz. Alguns têm a fala um pouco mais carregada nos médios baixos, outros já fazem uso de freqüências mais altas. Por isso na maioria das vezes um microfone não renderá da mesma forma para um ou outro indivíduo. 
O mesmo exemplo pode ser aplicado a uma curva de equalização, ou seja:
A resposta aos agudos pode ser mais enfatizada em uma locução do que em outra. Em contra partida poderemos ter um range maior para se incrementar as freqüências baixas, sem que a característica principal da fala seja alterada.
A claridade, profundidade e transparência, características das freqüências médias altas e altas, nos proporcionam um espaço confortável para a equalização das freqüências médias baixas e baixas.
Face ao exposto chegamos à conclusão de que há espaço dentro de 3000hz para se equacionar o áudio de forma simples e funcional.  
Traduzindo de forma clara: 
Equalização nada mais é do que: Compensar o que falta e atenuar o que sobra, ou seja, buscar o equilíbrio entre as freqüências. 
Mas é importante que tenhamos critérios para tanto e não simplesmente comecemos alterar as freqüências ao acaso. Essa situação é muito importante, pois, à medida que vamos equalizando, a curva de áudio, nosso ouvido perde a referência do som original e quanto mais longo for o processo, mais ficaremos longe do timbre real da fala.
Portanto sempre compare o timbre original da fala com o equalizado em curtos espaços de tempo. 
Muitas são as opções para aquisição de um equalizdor. Trataremos resumidamente de dois tipos específicos: Gráficos e Paramétricos. 
Gráfico: 
Equalizador que divide o espectro de freqüências em frações de oitava. Por exemplo: 
Uma oitava divide o espectro de freqüência em 10 bandas.
32/64/125/250/500/1K/2K/4K/8K/16K.
Dois terços de oitava divide o espectro em 15 bandas.
25/40/63/100/160/250/400/630/1k/1.6k/2.5k/4k/6.3k/10k/16k.
Cada banda é um filtro Peaking, ou seja, não interfere nas bandas vizinhas. 
Paramétrico: 
Bem mais elaborado. Com este podemos escolher a freqüência e a largura de banda, ou seja:
Quanto e de que maneira, determinada freqüência atuará nas freqüências vizinhas.
É o chamado Q.
Em alguns modelos, desse tipo de equalizador, podemos escolher os filtros que irão atuar em determinada banda. 
Divisão das freqüências:
OBS: O valor final de cada intervalo foi arredondado.  
20 hz             40 hz           Sub-Graves
40 hz             80 hz           Graves
80 hz             160 hz         Graves
160 hz           320 hz         Graves Médias
320 hz           640 hz         Médias Baixas
640 hz           1200 hz       Médias
1200 hz         2500 hz       Médias
2500 hz         5000 hz       Médias Altas
5000 hz         10000 hz     Agudos
10000 hz        20000 hz    Super Agudos 
Abaixo um exemplo da resposta de um transceptor a um processo de equalização: 
As curvas de áudio em questão dizem respeito à resposta de um transceptor de amador, modelo       IC 746, primeira versão, equipamento com DSP somente na Recepção, sendo a Transmissão modulada por filtros e não por fase.
A curva azul é a resposta à utilização de um microfone original (PTT) sendo o equipamento atacado via conector frontal de microfone.
A curva vermelha nos mostra a resposta de áudio com a utilização de um microfone dinâmico Le Son, modelo SM 58 P4 e um equalizador Paramétrico, Behringer DSP 1100, com o áudio sendo injetado via conector traseiro ACC.

 A resposta do microfone de mão (PTT), curva azul, começa a se intensificar a partir dos 200hz com queda acentuada após os 2600hz. As freqüências da voz entre 100hz e 250hz não são trabalhadas e o mesmo acontece com as freqüências a partir de 2600hz até 2900hz.
 Em contrapartida, utilizando um microfone dinâmico, conectado através da entrada ACC, com resposta adequada e com o auxílio de um equalizador, as freqüências abaixo dos 200hz crescem de -60db para -35db, dando peso e firmeza à modulação. As freqüências da voz, acima dos 2600hz, aparecem e se estendem ao longo da curva chegando perto dos 2900hz, clareando e dando profundidade ao áudio.
 Esse procedimento torna a modulação cheia e equacionada, preenchendo os espaços e ampliando a banda passante, sem que as características da voz sejam alteradas.
 Até a próxima,

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