RODELÃO6970
Graças ao meu amigo Turelli que me presenteou com o livro “Low Band Dxing – Your Guide to Ham Radio Dxcitement on 160, 80 and 40 meters”, por John Devoldere, editado pela ARRL, que entre outras coisas nos brinda com algoritmos para cálculo do nascer e pôr do Sol (respectivamente “SR” e “SS”) com uma precisão, que poderíamos estimar em mais ou menos 5 minutos, mais do que necessária para os nossos propósitos amadores, “estimo” para quais épocas do ano há propagação (possibilidade de) favorável para certas transmissões.
Efetuei os meus cálculos usando uma HP-41CV, emprestada, usando o algoritmo proposto por Brollini (o ARM usa o algoritmo de Van Heddeghem). Existem diferentes caminhos pelo qual o sinal se propaga desde a antena transmissora até a (nossa) antena receptora. A experiência me indicou que para sinais em momentos que ou onde o Sol nasceu “há poucos minutos” ou o Sol está para se pôr “daqui a alguns minutos” pode haver propagação favorável. Isto já havia sido verificado por outros legendários e melhores colegas, ver “Tropical Band Reception” de Anker Petersen e Carol Feil, WRTH 81, pgs 577-582.
Neste artigo os autores desenvolvem o conceito de “open hours”, que eu prefiro traduzir como abertura de propagação, isto é, horas ou momentos quando existem maiores possibilidades de propagação, baseado em pontos de reflexão situados no meio do caminho mais curto entre o ponto de transmissão e recepção e, situados a 2.000 km de cada um destes pontos (de transmissão e recepção). Eu prefiro não estimar aberturas de propagação desta maneira. Isto pode complicar os cálculos para pontos de transmissão distantes mais de 10.000 km, de nosso ponto de recepção, pois alguns autores especializados ou estudiosos no assunto estimam, que nestes casos os sinais não necessariamente “navegariam” pelo caminho mais curto, principalmente para regiões próximas no que eles chamam de pontos antipodais, o ponto “mais distante” em relação ao nosso ponto de recepção.
É por isso, que eu prefiro estimar estas aberturas de propagação, como as diferenças entre o nascer do Sol num ponto e pôr do Sol em outro ponto. Faço os cálculos do nascer do Sol e pôr do Sol e as diferenças acima mencionadas para o dia 15 de cada mês do ano. Com isso, quando efetuo uma captação “nova” para mim, costumava verificar nos cálculos destas diferenças para este ponto de transmissão e meu de recepção, se havia abertura de propagação nesta época do ano e se estaria entre a época do ano de maior abertura de propagação, para principalmente tentar entender porque só consegui ouvir nesta época do ano. Um destes casos é a recepção da estação russa de Vladivostok em 4.040 kHz. Só possível na época de verão, e, justamente quando nosso ruído atmosférico está geralmente bem mais forte (nosso verão).
Um ajuste neste cálculo pode ser necessário no calculo destas diferentes e, por isso, acho sempre interessante fazer uma checagem “amostral” dos resultados. Refiro-me, por exemplo, a certas cidades soviéticas (?) da Ásia Central, por exemplo, Frunze em 15 de Janeiro, o seu SR seria 02:31 e o SS do Rio de Janeiro em 15 de Janeiro é 21:45 (UTC). Se fizéssemos a diferença SR – SS neste caso seria -19:14, o que está errado. A nossa abertura de propagação ao anoitecer para Frunze é {(02:31 + 24:00) – 21:45} = 26:31 -21:45 = 04:46. Esta é a abertura de propagação correta. Se SR transmissor ?????? SS transmissor então para os cálculos SR(T) – SS(R) faça-se da seguinte forma: SR transmissor mais 24:00 – SS receptor.
Longe estou de querer estabelecer “dogmas” sobre propagação nas freqüências baixas, mas de tudo que até hoje li, me pareceu na prática ser a melhor maneira de avaliar uma “nova” captação. Ficaria muito satisfeito se outros ponderassem outros fatores e princípios para estas avaliações que faço, pois com isso aprimorarei ainda mais estas minhas avaliações.
Por: Felipe Luiz Gonçalves Flosi
Artigo publicado no boletim “Atividade DX” nº 74 – setembro de 1990.
PROJETO MEMÓRIA DO DXCB
Colaboradores:
Graças ao meu amigo Turelli que me presenteou com o livro “Low Band Dxing – Your Guide to Ham Radio Dxcitement on 160, 80 and 40 meters”, por John Devoldere, editado pela ARRL, que entre outras coisas nos brinda com algoritmos para cálculo do nascer e pôr do Sol (respectivamente “SR” e “SS”) com uma precisão, que poderíamos estimar em mais ou menos 5 minutos, mais do que necessária para os nossos propósitos amadores, “estimo” para quais épocas do ano há propagação (possibilidade de) favorável para certas transmissões.
Efetuei os meus cálculos usando uma HP-41CV, emprestada, usando o algoritmo proposto por Brollini (o ARM usa o algoritmo de Van Heddeghem). Existem diferentes caminhos pelo qual o sinal se propaga desde a antena transmissora até a (nossa) antena receptora. A experiência me indicou que para sinais em momentos que ou onde o Sol nasceu “há poucos minutos” ou o Sol está para se pôr “daqui a alguns minutos” pode haver propagação favorável. Isto já havia sido verificado por outros legendários e melhores colegas, ver “Tropical Band Reception” de Anker Petersen e Carol Feil, WRTH 81, pgs 577-582.
Neste artigo os autores desenvolvem o conceito de “open hours”, que eu prefiro traduzir como abertura de propagação, isto é, horas ou momentos quando existem maiores possibilidades de propagação, baseado em pontos de reflexão situados no meio do caminho mais curto entre o ponto de transmissão e recepção e, situados a 2.000 km de cada um destes pontos (de transmissão e recepção). Eu prefiro não estimar aberturas de propagação desta maneira. Isto pode complicar os cálculos para pontos de transmissão distantes mais de 10.000 km, de nosso ponto de recepção, pois alguns autores especializados ou estudiosos no assunto estimam, que nestes casos os sinais não necessariamente “navegariam” pelo caminho mais curto, principalmente para regiões próximas no que eles chamam de pontos antipodais, o ponto “mais distante” em relação ao nosso ponto de recepção.
É por isso, que eu prefiro estimar estas aberturas de propagação, como as diferenças entre o nascer do Sol num ponto e pôr do Sol em outro ponto. Faço os cálculos do nascer do Sol e pôr do Sol e as diferenças acima mencionadas para o dia 15 de cada mês do ano. Com isso, quando efetuo uma captação “nova” para mim, costumava verificar nos cálculos destas diferenças para este ponto de transmissão e meu de recepção, se havia abertura de propagação nesta época do ano e se estaria entre a época do ano de maior abertura de propagação, para principalmente tentar entender porque só consegui ouvir nesta época do ano. Um destes casos é a recepção da estação russa de Vladivostok em 4.040 kHz. Só possível na época de verão, e, justamente quando nosso ruído atmosférico está geralmente bem mais forte (nosso verão).
Um ajuste neste cálculo pode ser necessário no calculo destas diferentes e, por isso, acho sempre interessante fazer uma checagem “amostral” dos resultados. Refiro-me, por exemplo, a certas cidades soviéticas (?) da Ásia Central, por exemplo, Frunze em 15 de Janeiro, o seu SR seria 02:31 e o SS do Rio de Janeiro em 15 de Janeiro é 21:45 (UTC). Se fizéssemos a diferença SR – SS neste caso seria -19:14, o que está errado. A nossa abertura de propagação ao anoitecer para Frunze é {(02:31 + 24:00) – 21:45} = 26:31 -21:45 = 04:46. Esta é a abertura de propagação correta. Se SR transmissor ?????? SS transmissor então para os cálculos SR(T) – SS(R) faça-se da seguinte forma: SR transmissor mais 24:00 – SS receptor.
Longe estou de querer estabelecer “dogmas” sobre propagação nas freqüências baixas, mas de tudo que até hoje li, me pareceu na prática ser a melhor maneira de avaliar uma “nova” captação. Ficaria muito satisfeito se outros ponderassem outros fatores e princípios para estas avaliações que faço, pois com isso aprimorarei ainda mais estas minhas avaliações.
Por: Felipe Luiz Gonçalves Flosi
Artigo publicado no boletim “Atividade DX” nº 74 – setembro de 1990.
PROJETO MEMÓRIA DO DXCB
Colaboradores:
- Antonio Geraldo Paim da Silva
- Carlos Felipe da Silva
- Dante Vanderlei Efrom
- Itamar Nunes de Assis
- Ivan Dias
- José Carlos Cruz
- Luciana Miura Sugawara Berka
- Márcio Roberto Bertoldi
- Mário Cesar Pinto Brignol
- Samuel Cássio Martins
- Valter Aguiar
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