quinta-feira, 21 de abril de 2016

DICAS de Como Operar Com Satélites de Radioamador





Trabalhar satélites desde uma ilha tropical, desde o alto de uma montanha ou desde o jardim de tua casa é fácil e divertido, sempre que tenhas o equipamento adequado e um pouco de experiência. Anima-te, vamos fazê-lo !!!
Trabalhar satélites desde lugares remotos ou localizações interessantes é uma gratificante experiência tanto para  quem o faz como para quem realiza o QSO contigo. Trabalhar outras estações enquanto estas de férias ou em viagem de negócios dá um toque especial à viagem.
Não obstante, há uns quantos truques que te ajudaram a trabalhar satélites, inclusive nos piores passos…
Para um contacto bem sucedido deves escutar o satélite e ele deve de te escutar a ti. A maior parte dos colegas que têm problemas a trabalhar o “pássaro” é porque não o escutam bem. Como, ” no espaço, a propagação é sempre boa “, se escutas o satélite alto e claro, fazer o contacto será uma questão de acertar a eleição da frequência de subida e em escolher bem o horário. Lembrando um velho ditado: “Se podes ouvi-lo, poderás trabalhá-lo! “… e isso é especialmente certo se falamos de satélites.
Alguns radioamadores transmitem através de satélites que apenas podem escutar. São conhecidos como “Alligators” (Crocodilos), porque são todos boca e têm pouco ouvido. Para evitar que te cataloguem como tal, é recomendável que possas  escutar o teu próprio sinal emitido pelo satélite na frequência de downlink. Uma vez que possas ouvir-te a ti mesmo no downlink, saberás que a coisa funciona em ambas as direcções.
Nas zonas muito populadas, é habitual que muitos colegas  tentem trabalhar o satélite ao mesmo tempo, o qual pode tornar-se muito difícil ou quase impossível, a uma estação portátil que habitualmente usa menos potência. Os fins de semana e dias festivos requerem um pouco mais de paciência. Trabalhar os passos baixos pelo horizonte (com poucas estações activas) é o mais recomendável para operadores portáteis.
Põe à prova as tuas técnicas como operador de satélites em portáteis usando os “pássaros ” mais fáceis: Os que funcionam como repetidores de FM no espaço (OSCAR 14, OSCAR 27). Por suposto, necessitarás de um software para saber quando passa cada satélite sobre a tua zona. Há uma multiplicidade de programas que te facilitam essa missão, na secção de software poderás encontrar alguns.

TRABALHANDO COM ANTENAS de PORTÁTEIS
Apesar da maior parte das antenas de portáteis não terem ganho suficiente para escutar o sinal dos satélites, algumas podem ser úteis em certos passos. Há alguns anos atrás era muito difícil escutar o OSCAR 27, mas hoje em dia o OSCAR 14 tem sinais bastante mais fortes. As antenas de maior ganho são melhores, por suposto, e isso significa que quanto mais larga seja a antena do portátil melhor trabalhará. O AO27 e o UO14 têm downlink em 70cm (UHF) o que torna a escuta mais difícil. Para escutar estes dois satélites podem-se usar objectos perto e inclusive a orografia do terreno para uma melhor recepção. Um dos truques mais estendidos é por o portátil voltado para baixo. Assim, os sinais reflectidos no solo ajudam a melhorar a escuta. O usar auriculares permite-nos mover o portátil facilmente, para encontrar a melhor posição.
Aquilo dito até agora funciona bem para a recepção, mas transmitir sem um microfone externo será uma tarefa difícil. O truque de dar a volta ao portátil funciona melhor com  os passos que são de 10 a 30 grados sobre o horizonte. Para os passos mais altos (por cima da tua cabeça) funciona bem por o portátil a uns poucos centímetros sobre o tecto do carro.
Se te aborrece a procura, há um procedimento que funciona perfeitamente com a antena Diamond RH77CA(ou similares): Estaciona o carro  na direcção norte sul com a parte dianteira apontando à direcção por onde aparecerá o satélite. Ao começar a passagem, põe a antena a uns 20 cms da chapa do carro. Habitualmente encontrarás ai uma boa reflexão no inicio da
passagem. Quando o satélite alcança uns 15 grados de elevação, surge um bom ponto entre a chapa do carro e o pára-brisas. Mantendo o portátil vertical e com o conector de antena à altura do tecto do carro obtêm-se bons resultados para passos sobre ti e de media elevação. Chegando ao final da passagem, passa-te para a zona da mala para encontrar boas reflexões. Esta técnica funciona perfeitamente com o UO14 mas não tanto com o AO27.
Com o UO14 e o AO27, usar antenas “rubber duck” (antenas que vem com o portátil) é uma desvantagem durante os passos muito concorridos. Apesar de que o AO27 pode ser trabalhado com apenas 100 mW e uma antena “rubber duck”, o uso de FM faz com que cheguem os sinais mais fortes e os mais débeis sejam ignorados…
Se tentas trabalhar um satélite desde tua casa, um hotel ou apartamento, seguramente escutarás o sinal do satélite com um portátil e a sua antena mas isso não significa que vás ter êxito. Para melhorar as condições põe-te perto das partes metálicas dos balcões ou janelas, reflectem melhor o sinal.

TRABALHANDO COM UMA ANTENA “FLECHA” : 
Com duas antenas ligeiras em um só boom, a “antena flecha” é perfeita para operar satélites de forma portátil. Para fabricar uma antena similar por tua conta, terás que montar uma antena directiva de VHF de 3 elementos e uma de 7 elementos de UHF, com ângulos correctos no mesmo boom. Embora isso se possa conseguir rapidamente, a facilidade de montagem da antena “flecha” é o que a torna especialmente útil para portátil.
A forma ortogonal desta antena não é um problema, mas se o satélite estivesse na terra e as suas antenas fossem da mesma polaridade, o desenho de directiva cruzada seria um problema. Como os sinais dos satélites atravessam a ionosfera, mudam de polaridade devido à Rotação de Faraday (quando os sinais chegam à terra, a polarização original já foi mudada. Se os sinais de 2 metros e 70 cms são da mesma polaridade um ligeiro giro da antena pode ajudar-nos muito).
Com o AO-27, a antena “flecha” oferece boas condições com os seus 7 elementos, inclusive quando o satélite está já sobre o horizonte. O UO14 tem um sinal de downlink mais forte, pelo qual os contactos se fazem mais facilmente. A antena também trabalha com os FO-20 e FO29 embora a operação possa ser mais complexa. O AO10 pode ser trabalhado no seu perigeo com esta antena, mas por razões de segurança, é recomendável não sujeitar a antena se operas com mais de 10 W.
Os passos baixos é realmente onde esta antena oferece a sua maior qualidade. É nestes passos quando se conseguem os DX mais atractivos e quando há menos colegas trabalhando o satélite. À medida que o satélite passa pelo horizonte, coloca a antena perto do solo. As estacionárias (SWR) podem subir, mas assim recorrerás às reflexões do solo e melhorarás as condições. Esta técnica pode permitir que uma estação no Alasca possa contactar com as estações no resto dos EUA sem problemas. Se o terreno é plano, melhor ainda. Os altos de uma montanha têm uma boa orientação para o horizonte  mas não tem boas superfícies reflectoras. Use a antena que use, é importante observar o terreno que te rodeia e o céu. Veja se há tempestades. Uma boa regra é: “Se não há nuvens de tempestade, não haverá raios num raio de 5 kms”… Veja se há linhas da rede eléctrica ou árvores perto. As torres eléctricas tendem a interferir e podem ser perigosas. Veja também se há antenas sobre as montanhas ou edifícios próximos. Finalmente, olha para o céu e traça mentalmente o trajecto que seguirá o satélite. Com uns poucos preparativos, inclusive em plena cidade, poderás ter visibilidade do horizonte.
Para trabalhar qualquer satélite com uma antena linear (dipolo rígido etc…) começa apontando-a para a zona por onde aparecerá o satélite sobre o horizonte. Em FM, uma vez que o satélite está visível, o receptor começará a mostrar sinais, mas não emitas todavia. Gira ligeiramente a antena para procurar a polaridade do sinal, logo localiza o sinal movendo um pouco a antena para trás e frente. À medida que o satélite se eleva, o sinal irá aumentando. Nos passos muito concorridos, a maior actividade se centra sobretudo durante os primeiros minutos. À medida que o satélite passa por cima, segue-lhe o trajecto procurando a maior força do sinal, primeiro com a polaridade, logo com a posição. Quando está em cima de nós, o AO27 tende a ter um sinal mais débil. Se o sinal baixa de repente, gira a antena e aponta-a à zona por onde passa o satélite. O UO14 tem um desvanecimento similar, mas são muito mais infrequentes e duram bastante menos.

Tabela 1- como controlar o efeito de doppler ?
Tabela 1- como controlar o efeito de doppler ?
SATÉLITE
AO- 27
UO-14
MOMENTO
 transmitir em
 receber em
 transmitir em
 receber em
Ao começo da passagem
145.850
436.805
145.975
435.080
3 minutos depois
145.850
436.800
145.975
435.075
Zenith(máxima cobertura)
145.850
436.795
145.975
435.070
1 minuto depois do zenith
145.855
436.790
145.980
435.065
3 minutos depois
145.855
436.785
145.980
435.060
.
TRABALHANDO SATÉLITES EM SSB DESDE UMA ESTAÇÃO PORTÁTIL:
Os satélites de VHF e UHF de SSB também podem ser trabalhados com uma estação portátil. Apesar de não existirem portáteis bibanda com SSB, existem vários equipamentos que nos serão úteis. O Yaesu FT-847, o Kenwood 2000, o ICOM 821 ou oYaesu FT 817 são suficientemente pequenos para serem colocados numa maleta. Também podes usar um equipamento de 28 Mhz e um transverter. Se o montas num carro, usa um cabo apropriado com fusíveis para conectá-lo directamente à bateria (não ao isqueiro). Se não usas um carro assegura-te de ir equipado com  uma bateria de 18 A/h, a ser possível das fechadas para não derramar ácido para nenhum lado. Se usas uma emissora grande, seria interessante utilizar um tripé ou mastro para por a antena.
Trabalhar satélites em SSB é um pouco mais difícil que os de FM. A frequência deve ser ajustada quase continuamente devido ao efeito de doppler (ver tabela 1). Também será mais difícil encontrar o sinal do satélite porque não há portadora de FM. Para começar o passo é recomendável ter memorizado no equipamento a primeira frequência de doppler (ver tabela 1). Apesar de que pôr a antena num tripé ou mastro ajuda a ter livres as duas mãos, todavia necessitarás de ajustar a antena. À medida que  a passagem começa e termina, a antena pode estar na mesma posição durante  2 ou 4 minutos. Na metade da passagem seguramente necessitarás de mover a antena rapidamente para  manter o sinal. Recorda que é habitual perder o sinal do satélite quando esta justo sobre ti.

INTERFERÊNCIAS:
Embora não seja obrigatório, sempre será recomendável afastar-se das cidades e geradores de electricidade. Antes de trabalhar uma passagem, há uma escuta rápida para comprovar que não há  interferências. Dos três tipos de interferências, as próprias geradas pelo equipamento, intermodulações e harmónicos, as geradas pelo próprio equipamento são as mais fáceis de entender. O principal amplificador do equipamento recebe sinais não desejadas que  podem interferir com os sinais de um satélite, obviamente bastante mais débeis. Em 70 cms os maiores inimigos são as frequências comerciais de 450 Mhz e o áudio de canais de TV. Em zonas onde se pratica o ATV em UHF também podem gerar-se interferências. As intermodulações podem vir de  emissores perto ou de emissores a vários kms de distância. A interferência de harmónicos proveniente de emissores perto ou  frequências reflectidas. Todos estes tipos de interferências são muito habituais nas grandes cidades e nas zonas próximas dos emissores de rádio ou TV.
Para evitar  a sobrecarga do receptor podes tentar reduzir a interferência apontando a antena a outro sítio ou usando um filtro. A empresa Par Electronics fabrica um para 152 Mhz que é válido para as nossas frequências, logo tens os filtros interdigitais (como este ou o descrito na pagina 6-1 e 6-2 do Manual de projectos de UHF e Microondas publicado pela ARRL que tem uns bloqueadores de interferências excelentes. Pese embora estes filtros ajudem muito a evitar interferências também fazem com que o sinal do satélite seja mais débil porque atenuam os sinais.
As interferências por intermodulações são causadas por sobrecarga do receptor ou pela mistura de outras duas fontes. Quando os sinais “f1” e “f2” se misturam, originam harmónicos em f1-f2 e f1+f2. A maior parte das emissoras têm filtros passabanda e um misturador para misturar o oscilador local e os sinais recebidos com a finalidade de gerar a frequência intermédia (IF).
As interferências de harmónico geralmente só se podem evitar no lugar de origem. Embora  apontar a antena a outro lado ajude, normalmente não reduz o problema o suficiente como para trabalhar uma boa passagem do satélite. Por exemplo, se alguém emite em145.600 Mhz seguramente gerará o seu terceiro harmónico em 436.800 Mhz. A não ser que digas ao colega que se cale enquanto dura a passagem, pouco mas poderá ser feito.
Uma vez mais, a melhor forma de evitar interferências é afastar-se o mais possível da fonte que a origina…

CONCLUSÃO:
Há uma grande quantidade de formas e métodos de desfrutar da operação via satélite desde uma estação portátil. Por isso lembra-te: Afastas-te das interferências e das estações de muita potência.
“Nós ouvimos os “pássaros” !!!!
Artigo original publicado na QST Março 2001, Por Charles Duey KIØAG
e repassado por PY2MOK

Ativação Satélites de Radioamador – PY2BJO – ABR – 2016




Entre os dias 08 e 10 de abril, a LABRE SP estará fazendo uma Homenagem ao 83º aniversário de Junior Torres de Castro, PY2BJO, operando com varias estações nas bandas de 10 a 80m em Fonia, modos digitais e CW, em VHF 2m e UHF 70cm em São Paulo e também em algumas passagens de satélites com serviços de radioamador operando o indicativo especial ZY83BJO.
Radioamador, astrônomo e físico, colaborou muito para com o Radioamadorismo Brasileiro e ainda hoje continua ativo em suas experiências e também passando conhecimentos a outros radioamadores.
Idealizador, projetista e primeiro Civil proprietário de um satélite no mundo, o qual ainda está em órbita, o DOVE (Digital Orbiting Voice Encoder), que também significava \\\”Pomba da Paz\\\”
Para confirmação dos contatos é necessário enviar o log para py2aa@labre-sp.org.br anexo no formato cabrilo, contendo no assunto somente o indicativo da sua estação e caso haja alguma observação, pode ser enviada também descrita no email.
Outra opção para envio do log é baixar em Excell no link www.grupocdr.com.br/LOG-BR.xls , preencher e enviar em anexo para py2aa@labre-sp.org.br no assunto somente o seu indicativo.
Os cartões QSL serão enviados via Bureau ou direto mediante instruções contidas no QRZ da ZY83BJO após o evento.
Contatos também serão confirmados via LOTW e E-QSL.
Divulguem e participem prestigiando essa homenagem.
73
Billy H. Dorsch
Dir. PY2AA – LABRE -SP

Radioamadorismo no Brasil


Radioamadorismo no Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Radioamador ou radioamadora, é a pessoa habilitada pelo governo brasileiro para operar uma estação de radiocomunicações amadora. O órgão responsável pela regulação do serviço de radioamador no Brasil é a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
Índice


• 1 Calamidades Públicas
• 2 Quem realiza o Serviço de Radioamador
• 3 Habilitação ao Serviço de Radioamador
• 4 Classes de Radioamadores
o 4.1 CLASSE C
 4.1.1 Técnica e ética operacional
 4.1.2 Legislação de telecomunicação
o 4.2 CLASSE B
 4.2.1 Recepção auditiva e transmissão em código morse
 4.2.2 Radioeletricidade
o 4.3 CLASSE A
 4.3.1 Radioeletricidade
 4.3.2 Recepção auditiva e transmissão de sinais em código morse
• 5 Autorização de Licença
• 6 Radioamador estrangeiro
• 7 Licença de Funcionamento
• 8 COER
• 9 Legislação
• 10 Patrono do Radioamadorismo Brasileiro


Calamidades Públicas
Num país de dimensões continentais como o Brasil, a necessidade de sistemas de comunicação instantânea não convencional é de extrema importância. Por este motivo foi criada uma rede de radioamadores para prevenir e procurar auxiliar os órgãos oficiais de salvamento, resgate e prevenção à calamidades. Esta se chama "RENER", que é a abreviação de "Rede Nacional de Emergência de Radioamadores" voluntários.
Quem realiza o Serviço de Radioamador
De acordo com texto traduzido do inglês, o (sic)...Radioamador é o cidadão que se interessa pela radiotécnica, sem fins lucrativos, tendo por objetivo a intercomunicação, a instrução pessoal e os estudos técnicos.
E ainda conforme as páginas da Anatel: O Serviço de Radioamador é um serviço de radiocomunicações, realizado por pessoas autorizadas, que se interessem pela radiotécnica, sem fins lucrativos, tendo por objetivo a intercomunicação, a instrução pessoal e os estudos técnicos, sendo vetado a utilização para outros fins.
No Brasil e em todos os países do mundo é vetada a utilização do serviço de radioamadorismo para outros fins que não os descritos acima.
O serviço de radioamador no Brasil é concedido pelo governo à pessoas habilitadas e concursadas. Portanto, para ser radioamador, o cidadão deve ser autorizado pelo Governo Federal.
Habilitação ao Serviço de Radioamador
A estação de radiocomunicação consiste basicamente num equipamento de radiocomunicação, linha de transmissão e antena. Para que o cidadão possa ter um sistema destes em sua casa, é necessário ser radioamador, ou operador de estação de rádio-cidadão.
No primeiro caso é necessário a habilitação de radioamador. Para ser portador desta existem uma série de procedimentos burocráticos que devem ser observados e seguidos, pois a responsabilidade de se operar uma estação de rádio de grande potência, alcance, e múltiplas freqüências de operação com possibilidade de interferências inclusive em serviços públicos e de segurança é grande.
A autorização para a execução do serviço de radioamadorismo concedida pelo Governo Federal é precedida de provas executadas pelo candidato onde são avaliadas suas capacidades operacionais, seus conhecimentos da legislação das telecomunicações, de ética operacional, além da suas capacidades técnicas, no manuseio e conhecimento teórico de rádio transceptores, equipamentos, antenas e afins.
O exame de avaliação é promovido por uma entidade não governamental e representativa dos radioamadores perante o Governo Federal chamada Liga de Amadores Brasileiros de Radioemissão - LABRE ou ainda diretamente na Anatel. Quem elabora e fiscaliza os exames é a Anatel, a aplicação das provas pode ser feita tanto na LABRE como na Anatel.
Classes de Radioamadores
CLASSE C
Maiores de 10 anos aprovados nos testes de:
1. Técnica e Ética Operacional
2. Legislação de Telecomunicação
Técnica e ética operacional
Um único teste com 20 perguntas sendo 10 perguntas por matéria, o índice de aprovação será de 70%, ou seja, 14 respostas certas.
Legislação de telecomunicação
Um único teste com 20 perguntas, sendo que o índice de aprovação será de 70%, ou seja, 14 respostas certas.
CLASSE B
Os testes de técnica e ética operacional bem como Legislação de Telecomunicação, serão aplicados da mesma forma das classes anteriores, com os mesmos percentuais de aprovação, no entanto com as alterações abaixo:
Na prática, segundo interpretação dada pela ANATEL à Norma aprovada pela Resolução nº 449/2006, não vem sendo aplicadas provas de Legislação e Técnica e Ética Operacional para promoção do Radioamador Classe "C".
Recepção auditiva e transmissão em código morse
Textos em linguagem clara com 87 caracteres (letras, sinais e algarismos), com duração de. prova em 5 minutos. Serão transmitidas 125 caracteres em 5 minutos, sendo requerido para aprovação a correta transmissão/decodificação de 87 caracteres.
Radioeletricidade
Um único teste com 20 perguntas, sendo o índice de aprovação de 50%, ou seja, 10 respostas certas.
Observação:
Aos menores de 18 anos existe uma carência de dois anos a contar da data de expedição do certificado de operador de estação de radioamador classe C ou D. No entanto pode-se fazer o teste de avaliação antes do término do prazo, pois o mesmo tem validade de um ano. Aprovado terá de aguardar este prazo.
CLASSE A
O teste de Técnica e Ética Operacional bem como Legislação de Telecomunicação, serão aplicados da mesma forma das classes anteriores, no entanto com os percentuais de aprovação alterados para 80%, ou seja, 16 respostas certas.
Na prática, segundo interpretação dada pela ANATEL à Norma aprovada pela Resolução nº 449/2006, não vem sendo aplicadas provas de Legislação, Técnica e Ética Operacional, bem como CW para promoção para Classe "A", limitando-se o teste a Radioeletricidade - "Conhecimentos Técnicos de Eletrônica e Eletricidade", sendo exigido 70% de aproveitamento, consoante Documento expedido pela ANATEL denominado "Procedimentos de Teste de Comprovação de Capacidade Operacional e Técnica".
Radioeletricidade
Os testes serão aplicados da mesma forma das classes anteriores, no entanto com os percentuais de aprovação alterados para 70%, ou seja, 14 respostas certas.
Recepção auditiva e transmissão de sinais em código morse
Os testes serão aplicados da mesma forma das classes anteriores, no entanto com os percentuais de aprovação alterados para 180 caracteres (letras, sinais e algarismos), duração da prova – 5 minutos. A ANATEL não vem exigido CW para promoção para Classe "A"
Observação:
Carência de um ano a contar da data de expedição do certificado da Classe B para habilitação para classe A, no entanto podemos fazer os testes de avaliação a qualquer momento, pois o mesmo aprovado tem validade de um ano.
Autorização de Licença
A Licença para operar o serviço de radioamador é liberada para os maiores de dez anos desde que seus pais ou tutores se responsabilizem pelos seus atos e omissões.
Para os radioamadores portugueses é liberada a licença após obterem o reconhecimento de igualdade de seus direitos e deveres em relação aos brasileiros.
Radioamador estrangeiro
Uma vez radioamador em seu país de origem, o estrangeiro poderá solicitar ao governo brasileiro a execução do serviço no país. As condições para tal são a existência de acordo internacional de reciprocidade de tratamento entre o Brasil e o país de origem do candidato, a apresentação de documentos que equivalem às licenças brasileiras e que não tenham prazo de validade vencido, passaporte ou carteira de identidade de estrangeiro com prazo de validade normal e a apresentação do CPF em situação regular.
A liberação do licenciamento para radioamadores estrangeiros se dá após o reconhecimento de reciprocidade de tratamento acordado entre o Brasil e os países destes.
Os Radioamadores funcionários estrangeiros de organismos internacionais dos quais o Brasil também participa, recebem a licença quando solicitada se estiverem prestando serviços em solo brasileiro.
Ao estrangeiro não é permitido prestar exames de habilitação para radioamador.
Licença de Funcionamento
A licença de funcionamento de uma estação de radioamadorismo, é o documento que libera o uso e instalação da estação transceptora ao detentor do Certificado de Operador de Estação de Radioemissão, podendo este ser pessoa física ou ainda entidades de ensino, associações de radioamadores, etc.
O indicativo de chamada será determinado pela classe a que pertence e a unidade federativa em que o Radioamador reside.
A validade da licença de funcionamento é por dez anos. Os tipos de estação são: fixa, móvel, fixa tipo 2, repetidora sem e com conexão com a rede telefônica pública. Podendo ainda solicitar estações eventuais e especiais com prazo máximo de 30 dias de utilização para participar de eventos, comemorações e contestes.
Ao radioamador é permitido apenas uma estação fixa em cada unidade da Federação. A móvel não tem limite.
COER
O COER, Certificado de Operador de Estação de Radioamador, é a habilitação do responsável pela estação de radioemissão-recepção. O documento é necessário estar sempre com seu titular no momento da operação de uma estação de radioamadorismo.
Legislação
Por se tratar de serviço de utilidade pública, em ocasiões excepcionais, as freqüências podem ser solicitados para ser utilizados como reserva técnica para a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, etc. Com o final da Ditadura Militar, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988, o radioamador não é obrigado a ceder equipamentos para quaisquer órgãos de repressão de forma injustificada, podendo os responsáveis serem processados e presos em caso de submeter o cidadão a situação vexatória.
O único órgão responsável pela habilitação, homologação, fiscalização e legislação das estações de radioamador no Brasil é a Anatel.
Patrono do Radioamadorismo Brasileiro
Roberto Landell de Moura, nascido em Porto Alegre em 21 de janeiro de 1861, morreu em 30 de junho de 1928, teve formação eclesiástica em Roma, ordenado sacerdote em 1886, voltou para o Brasil e desempenhou atividades religiosas até a sua morte, em Porto Alegre. Em Roma iniciou seus estudos de física e eletricidade. No Brasil, como autodidata continuou seus estudos culminando na invenção do telefone sem fio. 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

RODELÃO6970 ANTENAS


Influência do solo no desempenho da antena





O campo eletromagnético de uma antena possui duas componentes diferentes: a primeira que tem intensidade relativamente baixa, cai lentamente com a distância indo ao infinito e é, por isso, chamado de campo de radiação; a segunda com intensidade muito alta, caindo rapidamente com a distância (a poucos comprimentos de onda de distância pode ser desprezado) e é o campo próximo ou reativo. Este fica trocando energia entre o espaço e a antena e, para bom rendimento, o espaço tem de devolver toda a energia que ele recebeu.

Uma antena horizontal de fio comum (uma dipolo, p. ex.) a baixa altura (em relação ao comprimento de onda) sobre uma terra ruim (baixo coeficiente de reflexão e perdas altas) apresenta um rendimento muito baixo. A razão disso é que, além de ficar mais susceptível a obstáculos, a terra está mergulhada no campo próximo e o espaço que circunda a antena não consegue devolver toda a energia reativa que lhe foi entregue porque grande parte se dissipa na terra. Quanto a esse problema, quanto maior a altura melhor. Para nós radioamadores, em HF baixo, isto é, de 40m para baixo, uma altura de 1/4 de onda é o mínimo aceitável. Abaixo disso a eficiência cai rapidamente. Assim, tentar transmitir em 160m com uma antena a 15m de altura não dá bons resultados. Aliás, é essa a principal razão pela qual os radioamadores, mesmo com espaço para esticar uma dipolo de 80m ou 160m, sempre reclamam da baixa eficiência das mesmas (1/4 de onda em 160m são 40m e, em 80m, 20m!).




Quando a terra é boa condutora (e por isso boa refletora), mesmo com antena baixa, a energia que vai para baixo se reflete e se soma (o resultado depende da altura) à irradiada para cima e a eficiência pode ser razoável. Com a terra ruim e a antena baixa, a energia para baixo apenas contribui para ‘aquecer a terra’, gerando uma resistência equivalente de perda em série com a de radiação na antena.

A tentativa de se colocar um fio com 5% mais longo que o dipolo, abaixo dele perto da terra para ‘criar uma yagi de 2 elementos para cima’ é ingênua e NÃO funciona. A yagi usa um princípio que se baseia na anulação dos campos para trás do refletor, mas sem dissipação. Isto faz com que, para trás, não haja radiação e a energia que iria para trás, vai para a frente. Se a energia que for para trás se dissipar, ela NÃO vai para a frente e portanto a yagi não opera como tal. É o caso da antena baixa na terra ruim. A única maneira de se resolver o problema, se não se puder melhorar a terra, é subir a antena.

Isto está dito no ARRL Antenna Book, mas sem explicar porque. Eu fiz experiências cuidadosas pondo e retirando instantaneamente (para evitar o fading) um refletor embaixo de uma antena dipolo 1/2 onda para 80m. Com ou sem ele, o sinal (de AM para se medir a portadora estável) em nada mudou para todos os colegas da rodada, como eu já esperava. Terra boa, mas com antena horizontal baixa, tem bom rendimento, mas irradia como NVIS que, para DX, p. ex., não serve.

terça-feira, 19 de abril de 2016

segunda-feira, 18 de abril de 2016

RODELÃO6970


PRINCIPAL INTERFACE DE UM RADIO AMADOR




Gostaria de apresentar a voces um dos mais importantes equipamentos de uma estação de Radio Amador, trata-se de uma interface, uma interface humana.


Ele e composta de dois receptors estereo ( os ouvidos ) e de um transmissor ( a boca e as cordas vocais ).


Vamos falar dos ouvidos



O ouvido humano é o responsável pelo nosso sentido auditivo.

A maior parte do aparelho auditivo está concentrada no interior da cabeça. Nossos ouvidos são subdivididos em três partes:

• Ouvido externo – onde está o canal auditivo.

• Ouvido médio ou cavidade timpânica – onde se encontram o tímpano, a bigorna, o martelo e o estribo.

• Ouvido interno – onde se concentram o estribo, o nervo auditivo e o caracol (também conhecido por cóclea).

Ao atingirem nossos ouvidos externos, as ondas sonoras percorrem o canal auditivo até chegar no tímpano. Este, por sua vez, vibra quando identifica variações de pressões mesmo muito pequenas, causadas pelas ondas sonoras.

As vibrações do tímpano avisam a dois ossos da cavidade timpânica (martelo e bigorna) que existe um som e estes, então, acionam outro osso (o estribo) que repassa essa informação ao ouvido interno.

Ao passarem por cada um desses obstáculos, as ondas sonoras são amplificadas e chegam ao caracol do ouvido.

O ouvido interno é composto pela cóclea que apresenta forma de caracol. Esta contém pequenos pelos que vibram quando há uma propagação do som. Essa propagação ocorre de forma fácil em virtude de um líquido existente dentro do ouvido interno, que estimula as células nervosas do nervo auditivo enviando esses sinais ao cérebro, fazendo com que tenhamos a percepção do som.




O som é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda mecânica; é uma onda longitudinal, que se propaga de forma circuncêntrica, apenas em meios materiais (que têm massa eelasticidade), como os sólidos, líquidos ou gasosos.( O SOM não se propaga no vácuo )[1]

Os sons naturais são, na sua maior parte, combinações de sinais, mas um som puro monotónico, representado por uma senóide pura, possui uma velocidade de oscilação ou frequência que se mede em hertz (Hz) e uma amplitude ou energia que se mede em decibéis. Os sons audíveis pelo ouvidohumano têm uma frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz. Abaixo e acima desta faixa estão infrassom eultrassom, respectivamente.[2]

Seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da audição, com seus dois ouvidos, o que permite saber a distância e posição da fonte sonora: a chamada audição estereofônica. Muitos sons de baixa frequência também podem ser sentidos por outras partes do corpo e pesquisas revelam que elefantes se comunicam através de infra-sons.

Os sons são usados de várias maneiras, muito especialmente para comunicação através da fala ou, por exemplo, música. A percepção do som também pode ser usada para adquirir informações sobre o ambiente em propriedades como características espaciais (forma, topografia) e presença de outros animais ou objetos. Por exemplo, morcegos, baleias e golfinhos usam a ecolocalização para voar e nadar por entre obstáculos e caçar suas presas. Navios e submarinos usam o sonar; seres humanos recebem e usam informações espaciais percebidas em sons. Outra aplicação importante das ondas sonoras é a visualização de tecidos do corpo: ultrassonografia. Através do eco produzido pelas ondas nos órgãos, é possível analisar as propriedades mecânicas dos tecidos e reproduzílas em imagens em escala de cinza

Vejam então o quanto importante são os nossos ouvidos, e o range de nossa caoacidade de escuta, apesas de nosso sistema possibilitar uma escuta de 20Hz a 20,000 Hz, na faixa etária dos 50 anos ( pois essa capacidade se desgasta com o passer do tempo )normalmente a faixa se estreita para 50Hz a 10,000 Hz, o que é ainda uma boa resposta. A maioria dos radios apresentam uma banda passante de 100Hz a 2,7 Hz, o que já é muito bom, falaremos das frequencias do fundamental da voz na sequencia deste artigo. Sistemas de Hi-Fi com bandas passantes de 50Hz ate 6,000 Hz já apresentam uma ENORME melhora e abrangencia das frequencias. CUIDE bem de seus ouvidos, pois eles são provavelmente um dos melhores equipamento de sua estação.

Vamos falar agora de seu transmissor sonoro, a VOZ





A voz humana consiste no som produzido pelo ser humano usando suas cordas vocais para falar,cantar, gargalhar, chorar, gritar, etc. Sua frequência varia entre 50 e 3400 Hz ( Chamamos isso de fundamental da VOZ Humana ) . De modo geral, o mecanismo para gerar a voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores -lábios, língua, dentes, palato duro, véu palatar e mandíbula. O pulmão produz um fluxo de ar, que funciona como um combustível para a voz, que é expulso pelo diafragma e passa para as pregas vocais, que vibram e transformam esse ar em pulsos sonoros, formadores da fonte de som da laríngeo. Os músculos da laringe ajustam a duração e a tensão das pregas vocais para adequar aaltura e o tom. Os articuladores articulam e filtram o som emanado pela laringe e até certo ponto podem interagir com o fluxo de ar para fortalecê-lo ou enfraquecê-lo como a fonte do som.
As pregas vocais, juntamente com os articuladores, são capazes de produzir sons altamente intrincados. O tom da voz pode ser modificado para sugerir emoções como raiva, surpresa efelicidade. Cantores usam a voz humana como um instrumento para criar música.


A voz é produzida quando o ar respiratório (vindo dos pulmões) passa pelas pregas vocais, e por nosso comando neural, por meio de ajustes musculares, faz pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas vocais, fazendo-as vibrarem. Esse mecanismo se assemelha ao balão, quando o secamos apertando sua "boca", provocando um ruído agudo, fruto da vibração da borracha.
O ar expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo modificado e os sons vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois, emitidos pela boca, criam a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte. Então a voz é ouvida.
As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios fica em torno de 125 vezes em um segundo. Na mulher, que tem voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos o nome de frequência. As pregas vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas mais esticadas são mais agudas e vibram mais que as cordas mais graves).


Transmissões de HiFi, com 50Hz a 4K, são mais do que o suficiente para cobrir todo o range da FUNDAMENTAL da voz humana. Transmissões com 6K são importantes para cobrir uma pequena faixa de frequencias, mais presents na emissão das letras " SSS " " XXX " e outras.


Cuidem bem de seus principais equipamentos de interface de sua estação, que são seus ouvidos e a sua voz.


Artigo elaborado por PY1BT - Alexandre

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