O
que é UTC?
No início, até mesmo os relógios
mecânicos eram acertados pelo tempo fornecido pelos relógios de Sol. A hora
comum, no entanto, aquela usada em nosso cotindiano, não se baseia inteiramente
no Sol. A velocidade da Terra em seu movimento de translação não é constante, e
por isso a duração dos dias solares é desigual.
Foi preciso imaginar um “Sol
fictício”, que produzia dias iguais durante todo o ano. Esse corpo, também
chamado Sol médio, percorre sobre o equador celeste espaços iguais em tempos
iguais. Apenas por praticidade, começamos a contar o dia solar médio quando o
Sol médio atinge a chamada culminação inferior. Em outras palavras, quando é
meia-noite.
Progresso e hora certa
MAS, AFINAL, A DIFERENÇA ENTRE O
TEMPO SOLAR VERDADEIRO e aquele produzido pelo Sol médio não passa de 17
minutos. Uma defasagem que foi imperceptível para o dia-a-dia da humanidade
durante muitos séculos. Até que, nas primeiras décadas do século XIX, surgiram
as estradas de ferro.
Antes os viajantes nem se davam conta
que ao chegar a um destino longínquo a hora do lugar era diferente. A precisão
dos horários de partida e chegada se confundia com as irregularidades dos
mecanismos dos relógios da época, mais a lentidão dos meios de transporte
movidos a tração animal.
As ferrovias mudaram tudo. Agora era
possível se locomover com relativa rapidez por quase toda a Europa e ir de
costa a costa dos Estados Unidos. Para resolver – parcialmente – o problema dos
horários surgiram as horas nacionais.
Porém, cada país tinha a sua – e isso
não ajudava muito. Era preciso uma padronização. E foi a Inglaterra o primeiro
país a adotá-la (embora Estados Unidos e Canadá disputem até hoje essa
primazia). Não foi nada fácil. Política, religião e orgulho nacional puseram de
lado argumentos científicos, numa disputa que envolveu até mesmo o Brasil.
Uma conferência internacional em 1884
tratou de escolher um meridiano de partida que servisse a todas as nações do
mundo. Conta-se que o Imperador Pedro II orientou o diretor do Observatório do Rio
de Janeiro, representante do Brasil, a votar em favor do meridiano zero que
passava por Paris. No final, Greenwich, na Inglaterra, foi escolhido quase por
unanimidade. O Brasil se absteve do voto.
Meridiano zero
A HORA MÉDIA DE GREENWICH (Greenwich
Mean Time ou GMT) foi utilizado como padrão mundial de tempo até 1986, quando
surgiu o Tempo Universal Coordenado (Coordinated Universal Time ou UTC), que é
baseado em padrões atômicos em vez da rotação da Terra.
O UTC é o padrão internacional de
tempo usado atualmente e mantido pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas.
Mas zero hora UTC ainda corresponde, aproximadamente, à meia-noite no meridiano
de Greenwich, Inglaterra.
24 fusos
OS FUSOS HORÁRIOS SÃO AS FAIXAS DE
15° DE LARGURA correspondentes a um intervalo de tempo de uma hora que partem
do meridiano que passa por Greenwich. Os fusos orientais são precedidos do
sinal + para indicar que as horas se adiantam para Leste, ocorrendo o oposto
para os fusos ocidentais (a Oeste de Greenwich).
Clique aqui para baixar um mapa-mundi
colorido (2810 x 1536 pixels) com as zonas horárias padrão.
Arquivo compactado (.zip) 842 kb.
Downloads até agora: 10361
Uma lei sancionada em 2008 alterou o
número de fusos horários brasileiros de quatro para três. Com a mudança, todo o
estado do Pará ficou com a mesma hora do Distrito Federal, assim como todos os
municípios do Amazonas e do Acre passaram a ficar somente uma hora atrás do
fuso de Brasília. Os fusos brasileiros agora são UTC – 2 (ilhas oceânicas), UTC
– 3 (Brasília) e UTC – 4.
Durante o horário de verão adiciona-se uma hora, de modo que cada
localidade passa a ter uma nova correção em relação ao UTC, conforme a tabela
abaixo. Em Portugal, a hora certa é sempre igual ao próprio UTC, exceto nos
períodos em que o horário de verão está em vigor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário